sexta-feira, 6 de maio de 2011

Rito do sono


Ouço os relógios. A casa dorme. A TV ainda está ligada. Meus olhos estão cansados, mas o cérebro não pára.

Meu travesseiro sente o peso do meu dia. O colchão enrijece as manobras do corpo cansado. O edredom abafa o suor do tempo. E o ventilador fica ligado pelo mal hábito adquirido.
 
O dedo aperta o botão, o televisor apaga. O corpo vira tentando se ajeitar e de repente os espasmos declaram a morte. E só então, na manhã seguinte, o eu ressuscita para mais um dia de labuta.

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