segunda-feira, 10 de setembro de 2012

O Eu se perdeu e o tudo se embaralhou.
O Eu se confundiu e o fracasso se fez presente.
O Eu desentende e o nada simplesmente parece nada.
Estranho não?

Constatações sobre o tempo

Em um dia você é criança no outro já não é mais. É assim o tempo, rápido, mágico, transformador.

Em um dia você percebe que o tempo passou porque os riscos no calendários são mais perceptíveis que os espaços em branco. Um dia você percebe que parou de contar o tempo por bimestre e que não é possível mais saber ser fez bom uso do seu tempo pelas notas do boletim.

Em um dia você olha pela janela e vê um mundo diferente lá fora e então nota um outro mundo ai dentro.

Um dia você cresce e percebe que a professora era legal, que a aula era útil, que a grana vinha fácil e que sua única preocupação era ser perfeito para seus pais.

Um dia você sente as entranhas se contorcerem, se apertarem, se degladiarem enquanto suas perspectivas mudam, sua mente se transforma e o robozinho é desprogramado.

Um dia você sobe, no outro desce, anda, para, corre e assim os dias se fazem enquanto a profunda leveza do tempo transforma o eu que um dia transforma-se em nós.