A solidão preenche o meu quarto. A sala de estar está vazia dos amigos que lá deveriam estar. No meu apartamento só se vê escuridão.
Em meio ao breu estou eu, vestido de mim com a cabeça cheia de pensamentos não partilhados. A tristeza corrói meu coração e as lágrimas não rolam por faltar liquidez na alma. O corpo todo dói, enquanto de dentro do meu crânio, uma voz grita me mandando sair do estado de inércia.
O medo antigo tomou forma. É um monstro que se atualizada em meus dias corridos e me atormenta nos dias de descanso. Estou me acostumando com sua presença, embora ela muito me perturbe.
O ser que era inquieto e insaciável tornou-se só e conformado. Agora só resta sentar-me em minha poltrona prateada e observar a vida alheia que passa na fina e grande caixa preta de plasma presa na parede. Agora o tudo é nada. E eu que era todos agora sou só.
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