terça-feira, 3 de agosto de 2010

Confusão

A confusão instaura-se em meio ao medo e a evolução.

Crescer sempre foi algo complicado, coisa prazerosa e doída.

Queria poder olhar de fora, ter novos opções para observar. O 360 do transferidor EU é muito complexo, ainda não consigo acertar todos os ângulos, acho que preciso de mais tempo pra aprender...

Nesse segundo, tenho coragem de afirmar que estou com medo. No próximo instante, lutarei contra isso.

A verdade é que a verdade não existe, ela é relativa. Todos temos segredos e os meus, são meus temores. Monstros atormentam minha essência e por vezes a corrompe. E me pergunto: quem é você? Fantasmas do futuro me rondão me interrogando sobre o que quero ser e o que tenho feito para alcancar tal Everest.

O pensamento se torna rápido, o veias aceleram, o cérebro dói e a busca continua. O fato de ter pouco tempo motiva e aprisona, torna-me um ser obsessivo, um tanto quanto impulsivo. Acreditem, não é fácil venerar o próprio umbigo.

Coagindo vontades e pensamentos de forma sutíl, o ego se infla. Brincar no corredor estreito que divide o vizinho bem do mal, nunca pareceu boa ideia, mas sempre foi tentador. Ainda não consigo ver a diferença entre as cores do ying yang, serei eu daltônica ou as cores são muito parecidas em sua essência?

Seria pertinente afirmar que só sei que nada sei, mas isso é muito clichê. Me cabe afirmar que há coisas que sei e há as que fogem de mim; talvez seja mais seguro assim.

Um que a observa

Unhas vermelhas, o corpo coberto, decote de deixar homem curioso e aquele ser que tanto me encanta. Por algum motivo, que não faço idéia qual seja, me encanta.

Estatura pequena, toda baixinha, rosto fino, olhos castanhos escuro, boca pequena e nariz médio. Pintinhas no antebraço, no colo e no rosto. Tudo em você me instiga.

Inteligente, engraçada, personalidade forte, conservadora a seu modo, como pode um homem não lhe notar?

E o jeitinho de andar? Que graça!

Observo de longe, como um espectador que não quer ser visto. Analiso cada expressão, cada sorriso, cada franzir de cenho. Avalio cada direção do seu olhar, a forma inquieta que se movem e a intensidade de quando se fixam. Por que não tem ninguém?

Esqueço as horas e o assunto, medito e meço cada movimento seu. E não entendo os porquês...

Não sou ninguém, apenas um observador, mais um na sua platéia. Sou mais um de tantos que devem lhe notar. Sou só mais um a observar.